Aos amigos, leitores e seguidores...

Recentemente houve um aumento bem significativo de visitas internacionais e vi a necessidade de esclarecer uma coisa: Bem, todos nós sabemos, que apesar de muito mais fácil por causa da globalização, etc... muitos produtos ainda são muito específicos de cada localidade, e muitas vezes deixamos de fazer aquela receita que queremos por não conseguir encontrar esse ou outro ingrediente. Praticamente qualquer ingrediente pode ser substituído, ou adaptado. E o mais legal de cozinhar é justamente dar a sua cara á sua comida. Por isso mais uma vez disponibilizo o endereço para esclarecer qualquer dúvida ou pergunta.

Recently, has been a significant increase of international visitors and I noticed the need to clarify few things: Well, we all know that, although much easier because of globalization, etc ... many products are still location-specific, and sometimes is difficult to follow a recipe that we cannot find some of the ingredients. Almost any ingredient can be replaced or upgraded. And the cool thing about cooking is to give your own taste to the food. So once again I will provide my contacts to clarify any questions or concerns.

s.a.l.tomilho@gmail.com

7 de nov. de 2010

BATALHA NA COZINHA

Batalha na cozinha

Líbano acusa Israel de se apropriar de pratos típicos de sua culinária e reivindica a propriedade intelectual sobre eles


Após décadas de invasões, ocupações e guerras, Líbano e Israel travam uma nova batalha. Dessa vez, no entanto, o motivo da peleja está na cozinha. O presidente da Associação das Indústrias do Líbano, Fadi Abboud, acusa Israel de se apropriar de 25 pratos que fazem parte da culinária de seu país, como o faláfel, o homus e o babaghanouj, integrá-los à cozinha judaica e comercializá- los como se fossem seus. Para evitar isso, Abboud requer a propriedade intelectual desses pratos e está disposto a brigar juridicamente. “Não basta roubarem nossas terras, estão roubando nossa cozinha”, acusa. Israel não se manifestou.

Na prática, o dirigente quer garantir ao Líbano a exclusividade de uso dos nomes. O bolinho de grão-debico, por exemplo, só poderia chamar faláfel se feito em território libanês. Dessa forma, quem o comercializasse fora com esse nome, estaria sujeito a uma ação judicial por “falsa indicação de proveniência”. “Ele pretende fazer essa reserva para tornar os pratos mais nobres, estimular o comércio e proteger seus produtores”, explica o advogado especialista em propriedade intelectual José d’Affonseca Gusmão. Para isso, Abboud prepara documentação para requerer esse direito na Organização Mundial do Comércio. Sua maior dificuldade será provar a origem dos pratos – afinal, todas as iguarias são comuns à cultura árabe.

A iniciativa é polêmica. Proprietário do restaurante Sírio Libanês, no Rio de Janeiro, Jawad Ghavi está certo de que os israelenses aprenderam a comer faláfel e homus com os árabes.

“Os judeus que se mudaram da Europa para o Oriente Médio, por conta da criação de Israel, levaram uma culinária mais adocicada, diferente desses pratos”, diz. Olinda Isper, de origem libanesa e dona do Tenda do Nilo, em São Paulo, confirma que a discussão é antiga. “O tabule é libanês, o homus pode até ser, mas garanto que o faláfel não é”, afirma. Andréa Kauffman, chef do judaico AK Delicatessen, em São Paulo, acha natural Israel cozinhar esses pratos. “Somos da mesma terra e o que há em uma cultura aparece na outra”, diz. Uma discussão, no mínimo, saborosa.

Outras disputas:

Açaí: O brasil conquistou a patente da fruta após embate com o Japão, que já havia registrado anteriormente o alimento.

Feta: Só a Grécia pode fabricar o queijo. O país conquistou o direito de exclusividade na produção do produto sobre a Dinamarca e a Alemanha.

Champanhe: A França é o único país que pode produzir espumantes com o nome Champanhe.

Reportagem extraída da Revista Isto É nº 2035 de 05/11/2008 Escrita por Claudia Jordão

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